Vamos começar sem mais delongas com o que nos fez alucinar: o tempo de vida do jogo. Demorou apenas quatro horas para completar a primeira execução, o que é realmente escandaloso para um Sonic anunciado como ambicioso. OK, podemos voltar aos 30 capítulos de Sonic Forces para quebrar recordes, responder a um sinal de socorro, recuperar os escudos vermelhos, enfrentar vários desafios (atingir o rank S em tal nível, completar o curso em um determinado tempo, etc.) . .), ou complete missões diárias para se beneficiar de um XP extra, mas não há incentivo real para o jogador encher Eggman, Infinite e seus lacaios uma segunda vez. Além disso, o cenário de Sonic Forces é um absurdo sem nome. Pensávamos que Nintendo e Mario eram os campeões mundiais nesta área, mas Sonic Team foi ainda mais longe com diálogos suaves que nos lembram a importância da amizade, bravura, tudo isso. Essa pode ser uma observação dura, principalmente porque o jogo é voltado para um público jovem que não está necessariamente atento a esse tipo de detalhe; mas será esta uma razão para multiplicar tomadas ultra ousadas e cinemáticas que não são nada inspiradas? Como a receita funcionou bem em Sonic Generations, os desenvolvedores reuniram os dois Sonics novamente. O primeiro, vindo direto da era 2D, não capta uma palavra, o que paradoxalmente o torna um pouco cativante. Bem ao contrário do Sonic 3D que não para de tagarelar e castigar seus oponentes, mesmo quando é multado pelo Infinite e sua gangue. Pesado.
Vamos começar sem mais delongas com o que nos fez alucinar: o tempo de vida do jogo. Demorou apenas quatro horas para completar a primeira execução, o que é realmente escandaloso para um Sonic anunciado como ambicioso.
A presença das duas versões implica naturalmente dois tipos de jogabilidade, e a primeira palavra que vem à mente para descrever a sensação com o Sonic old school é "catastrófica". A inércia do personagem é morango, falta muita precisão, algumas colisões são suspeitas, e o level design brilha com sua mediocridade. Quanto à baixa legibilidade dos níveis, obriga a conhecer os lugares de cor para evitar cair estupidamente em um precipício e esperar alcançar um tempo honroso. No que diz respeito ao ouriço moderno, encontramos quase os mesmos defeitos, além da linearidade. É simples, temos a sensação de estar em uma espécie de rail shooter onde apenas pressionamos o manípulo para cima ou para a direita, com alguns Homing Attacks aqui e ali para tirar o jogador da letargia. Talvez os aficionados se emocionem com os loops e longas descidas que o ouriço engole em alta velocidade – “Tem que ir rápido”, hein? – mas de qualquer forma, não espere nenhuma fase de exploração real. Tanto melhor, porque não estamos convencidos de que a câmera - às vezes prestes a quebrar - teria aguentado. Na pele de Sonic 3D, as lutas contra chefes acentuam muito a natureza repetitiva do jogo: trata-se essencialmente de reduzir a lacuna que nos separa do oponente para espancá-lo com golpes. Nada muito louco na verdade, o que permite enfatizar que Sonic Forces não requer nenhuma habilidade para ver o fim disso.
SEM CONTROLE, VELOCIDADE NÃO É NADA
A principal novidade deste episódio é a introdução de um "rookie" que poderemos personalizar da cabeça aos pés. O primeiro passo é definir a raça à qual nosso avatar será associado, sabendo que são sete e que cada uma tem suas próprias características. Por exemplo, o Pássaro é capaz de realizar um salto duplo, enquanto a duração da invencibilidade após receber dano será maior se optar pelo Coelho. Também podemos citar o Lobo que atrai objetos, ou o Gato que guarda um punhado de Anéis quando você é atingido por um inimigo. Depois de determinar a aparência física e a aparência de nosso herói personalizado, será necessário atribuir a ele um Wispon que pode ser usado de duas maneiras diferentes. Mais concretamente, pressionando o gatilho direito, é possível sacar uma arma, enquanto a segunda função do Wispon permite aproveitar um movimento especial condicionado por um medidor. Para preenchê-lo, teremos que recuperar o Wisp apropriado navegando pelo nível. Com um Spinning Wispon, haverá uma maneira de perfurar as paredes para subir, enquanto um Floating Wispon será inestimável para não cair no vazio. Só para adicionar algumas sutilezas, alguns Wispons que você desbloqueia têm bônus (aumento da velocidade de deslizamento, invencibilidade após coletar uma centena de anéis, bloquear ataques inimigos ao frear, entre outras coisas) que, para ser honesto, eles não são muito úteis como o nível de dificuldade de Sonic Forces é quase nada. Talvez para obter o rank S, e novamente.
Bonito como um caminhão, o jogo esquece alguns fundamentos da plataforma. Jogabilidade aproximada, design de nível instável, desafio zero, vida útil mais do que limitada, os desenvolvedores não se esforçaram para este episódio.
Com o Sonic clássico de um lado, o Sonic moderno do outro e o avatar no meio, achávamos que o Sonic Team tinha jogado todas as suas cartas ruins, mas foi sem contar com a associação entre o Sonic moderno e o avatar que dá o golpe final para Sonic Forces. Nos encontramos controlando os dois personagens simultaneamente, com a opção de usar as habilidades de um ou de outro. Em vez de se perder com essa dupla malfadada, a Sonic Team teria feito melhor se concentrar na mecânica de jogo esculpida, apenas para comemorar o 25º aniversário da franquia com dignidade. Lá, nos deparamos com uma mistura indigesta de todos os elementos – bons ou não – do último Sonic. Resultado: consistência zero. É verdade que certas faíscas fazem acreditar que os desenvolvedores vão largar os cavalos, mas o jogo imediatamente volta a cair em suas falhas, sendo os QTEs de uma rara indulgência o ápice dessa mascarada. Então, devemos jogar tudo em Sonic Forces? Não. Graficamente, existem níveis que são muito legais (Green Hill e City, por exemplo), o que dá ainda mais arrependimento pelas andanças do jogo. E então, impossível ficar parado diante dos múltiplos efeitos visuais, da mesma forma que os 60fps que respondem presentes no Xbox One e PS4 – o Nintendo Switch, por sua vez, deve se contentar com 30fps. Por fim, além de algumas músicas rapidamente chatas, a trilha sonora de Sonic Forces faz o trabalho, o que permite esquecer a dublagem francesa completamente fracassada.