Do fenômeno da televisão ao produto derivado do lambda, há apenas um passo que a Activision cruza com facilidade e, neste caso, é The Walking Dead que passa pelo grinder do jogo licenciado com fins lucrativos. Esqueça as obras assinadas pela Telltales Games que, inspirando-se nos quadrinhos, conseguiram se destacar do simples jogo de zumbis para oferecer uma experiência de jogo emocionante e intimamente pessoal. Com The Walking Dead: Survival Instinct, a Activision e os desenvolvedores de Terminal Reality ocuparam apenas a camada superficial da série, em outras palavras, zumbis, sobreviventes e recursos, todos misturados contra um pano de fundo da América profunda. E para completar a decoração, ou melhor, agradar o maior número de pessoas possível, o herói do jogo é ninguém menos que Daryl Nixon, personagem interpretado na tela por Norman Reedus e aclamado pelos telespectadores por seu lado esquentado e independente. foda, mas em última análise, cativante. Armado com sua famosa besta, ele tentará se juntar, com seu irmão Merle e um punhado de sobreviventes, em Atlanta, que parece estar protegida pela pandemia. Aqueles que acompanham a série de TV diligentemente perceberão que The Walking Dead: Survival Instinct ocorre antes dos eventos de Rick Grimes e sua gangue. Cenário de nível, não podemos dizer que The Walking Dead: Survival Instinct marcará os espíritos. O jogo visa acima de tudo satisfazer o fanboy que existe em nós.
Até a morte seguir!
E o que o fanboy quer? Redescobrir o espírito que popularizou a série AMC, ou seja, sobreviver em meio ao apocalipse, enquanto ajuda outros a formar um pequeno grupo autônomo onde o interesse comum é importante para a sobrevivência. Quase nada a ver com The Walking Dead: Survival Instinct. Sua viagem para Atlanta será uma oportunidade de conhecer sobreviventes de fortunas variadas. Ajude seu próximo e ele o ajudará em troca. É praticamente a ideia do jogo, exceto que uma vez no seu grupo, você decidirá o destino de seus compatriotas. Só porque está um caos lá fora não significa que você não deva ser organizado. Sobreviver no mundo de The Walking Dead exige muitos recursos. Claro, você tem que estar armado porque derrotar zumbis com um martelo leva cinco minutos, mas imediatamente se torna muito mais complicado quando uma horda de cerca de dez mortos-vivos se reúne na sua frente. As armas de fogo são, portanto, uma boa alternativa, exceto que, barulhentas, atraem outros assaltantes. Para ser usado apenas como último recurso. Mas você ainda precisa de munição! E é nessa busca por recursos que The Walking Dead: Survival Instinct é construído. Ajudando a vida, você ganha duas armas extras para coletar munição, comida ou gasolina. Além disso, o combustível é o fio condutor das suas aventuras.
Desde o primeiro minuto de jogo, sabemos que The Walking Dead: Survival Instinct fará falta. Você só precisa ver o bug de colisão entre o balde e a mochila na cabana onde sua jornada começa para perceber isso.
Para chegar a Atlanta, você pode escolher entre vários acessos. As auto-estradas têm a particularidade de poupar gás mas aumentam o risco de avarias. Ao fazer menos paradas, você não poderá coletar itens necessários para sua sobrevivência. Por outro lado, escolher as pequenas estradas enlameadas esvaziará rapidamente seu tanque de diesel, mas reduzirá o risco de quebra e aumentará os recursos a serem recuperados. E claro, não vamos esquecer a terceira opção, essa boa e velha nacional que não é muito cara em gasolina, que não danifica muito o motor do veículo e que oferece algumas paradas para fazer xixi para comprar munição, comida e gasolina. Dependendo das paradas que você precisa fazer, você pode escolher se seus companheiros de equipe ficam perto do veículo ou se envolvem. No entanto, preste atenção ao seu estado de forma ou à sua agressividade, pois eles podem comprometer a sobrevivência do grupo de acordo com suas escolhas. Infelizmente, o envolvimento deles e as consequências no jogo são apenas secundários e não influenciarão o final do jogo, e rapidamente os confiaremos uma tarefa sem nos preocuparmos muito com o resultado, porque bem, o herói da história é Daryl!
Homem morto andando
The Walking Dead: Survival Instinct não é um jogo de gerenciamento onde você tem que separar suas tropas, coletar recursos e escolher um destino ao invés de outro. O jogo Terminal Reality, ao qual devemos Blood Rayne ou 4x4 EVO, é um FPS embelezado com infiltrações e QTEs memoráveis. Stalkers são criaturas lentas que são fáceis de matar por trás. Uma pequena facada na cabeça e não falamos mais sobre isso. Evite ser visto ou fazer barulho porque nessa hora eles pousam às dezenas. Daí o interesse de privilegiar as armas contundentes em detrimento das armas de fogo. Agachar-se, agachar-se no escuro são dois métodos comprovados, exceto no pequeno mundo de The Walking Dead: Survival Instinct. Embora eles tenham o cérebro em mingau, seria de esperar um mínimo de IA ou instinto dos zumbis. Se alguns não reagem à sua presença enquanto uma cerca o separa, outros têm um olho afiado não hesitando em atravessar a rua inteira por um pequeno chupão no pescoço. O ápice é sua capacidade de permanecer plantado ali, incapaz de subir em um carro quando você está postado no telhado, nem de se abaixar alguns centímetros para evitar uma tábua de madeira. E, no entanto, eles são capazes de derrubar uma porta de madeira, mas não uma barricada improvisada. Esta é talvez a principal falha deste The Walking Dead: Survival Instinct. Os desenvolvedores se concentraram na atitude e reação dos caminhantes. Parece mais uma bola de insetos do que qualquer outra coisa. Feche uma porta de metal e os zumbis retornarão à sua localização original. Refaça seus passos e eles se virarão como se nada tivesse acontecido. E se, apesar de todas as falhas, você se encontrar no meio de uma horda, então começa a bola QTE. Não há muitos no jogo, mas este vai ficar na sua memória. De qualquer forma, você só precisa mirar na cabeça do zumbi que vai te morder e apertar o gatilho. Simples, eficaz.
Os desenvolvedores se concentraram na atitude e reação dos caminhantes. Parece mais uma bola de insetos do que qualquer outra coisa."
O problema é que você terá que acertar todos os zumbis, um por um, sempre com o mesmo QTE e uma pena se houver cerca de vinte deles rastejando na sua frente. Então para evitar esse tipo de sequência, ou preferimos correr contando com nossa bússola indicando o objetivo a ser alcançado, ou vamos usar e abusar de glitches, e o pior é que funciona! Sempre acontecerá que um andador apareça atrás de você, mas de um carrinho você conseguirá matá-lo facilmente pelas costas. The Walking Dead: Survival Instinct não é muito difícil e o desafio carece de interesse. Eu diria até que todo o jogo carece de interesse! Mesmo visualmente, o título da Activision se completa para nos fazer querer jogá-lo.Desde o primeiro minuto de jogo, sabemos que The Walking Dead: Survival Instinct fará falta. Você só precisa ver o bug de colisão entre o balde e a mochila na cabana onde sua jornada começa para perceber isso. As texturas são de outra época, o jogo é extremamente carente de detalhes, o level-design é repetitivo e até a modelagem dos mortos-vivos é de partir o coração. Após 10 minutos de jogo, sabemos que teremos que lidar com cinco ou seis tipos diferentes de assaltantes. Quanto a Daryl ou Merle, sua modelagem é quase aceitável. Felizmente, ainda temos direito às suas vozes originais e ao tema de introdução oficial da série. Mas é realmente suficiente?